Coro Clássico e Popular
O Orfeão Universitário do Porto funda-se como um coro clássico, apresentando-se pela primeira vez em público em Junho de 1912, três meses após a sua fundação. O “Orpheon Académico do Porto”, assim denominado nessa época, surgiu com o intuito de interpretar exclusivamente música portuguesa, contribuindo para o início de um período de renovada valorização da canção portuguesa. O seu primeiro director artístico foi o Maestro Fernando Moutinho. Sucederam-lhe o Eng. Futuro Barroso, o Dr. Clemente Ramos e, já nos anos trinta, o Maestro Afonso Valentim, que assumiria o cargo durante trinta anos. Pela regência do Orfeão passaram ainda o Maestro Gunther Arglebe e o Prof. Fernando Jorge de Azevedo, titular da direcção artística aquando da edição discográfica de 1972, LP comemorativo do 60º aniversário do OUP, que inclui várias peças interpretadas pelo Coro. Em 1973 assumiu a direcção artística o Maestro Mário Mateus, cargo que manteve até Janeiro de 2006, data em que o Maestro António Sérgio Ferreira assumiu a direcção artística até à data actual.
Da actividade do Coro destaca-se a participação em Arezzo, Itália, no “XXVI Concorso Polifonico Internazionale «Guido d’Arezzo»”, em 1978, assim como a participação no “Festival Musical do Vran – Cidade de Vigo”, em 1981. Em 1985 participou nas comemorações do Ano Europeu da Música. No âmbito da Primeira Bienal de Canto Coral do Porto, organizada pelo OUP em 1987, o Coro interpretou a “Missa da Coroação”, de Mozart, acompanhado pela orquestra da RDP-Porto e solistas convidados. Em 1989, apresentou pela primeira vez em Portugal a “Messe de Requiem – op. 54”, de Camille Saint-Saens, em concerto no Salão Árabe do Palácio da Bolsa – Porto. Ainda nos anos oitenta interpretou o “Te Deum” de Charpantier, e a Oratória “Magnificat” de MonteVerdi, colaborando també, nessa época, com a RTP, no âmbito de um recital.
Inserido nas digressões artístico-culturais do OUP, o Coro participou em diversos festivais de música, em diversas cidade da Europa, América, África e Ásia. Em 1995 foi responsável pela abertura oficial das comemorações do 10 de Junho na cidade do Porto. Recentemente, em 2003, interpretou a 9ª Sinfonia de Beethoven, juntamente com o Coro da Fundação Conservatório Regional de Gaia, Filarmonia das Beiras e solistas convidados, sob a direcção do Maestro Mário Mateus, no âmbito do 10º Festival de Música de Gaia. Em 2005 realizou uma série de concertos na cidade do Porto, apresentando a “Missa Crioula” do compositor argentino Ariel Ramirez.
Sob a égide do Maestro António Sérgio Ferreira, o OUP continua a marcar a agenda artística na Cidade do Porto com eventos como os ciclos de Concertos de Natal, com parcerias com a Orquestra Sinfónica da Casa da Música e com a Orquestra da FEUP, ou o EICOUP – Encontro Internacional de Coros da Universidade do Porto, que recupera a tradição das Bienais e traz à Cidade o melhor do canto coral nacional e internacional.
Em 2015 o OUP retoma as suas digressões de Verão, apresentando-se o Coro pela Europa (Espanha, França, Suíça e Luxemburgo). Em 2017 o Coro participa na 17ª Edição do Festival Internazionale Cori d’Europa, em Itália.
Coro Popular
No campo, os Homens movimentam-se ao ritmo compassado das vozes. Depois, no adro da Igreja ou na taberna entoam quadras que falam da terra e do pão que lhes dão sustento. Na romaria, são novamente os cantares ao desafio e os cânticos de louvor aos Santos padroeiros que reforçam a alegria e a devoção.
Do Minho às Ilhas, o sentir e o viver do povo reflecte-se na sua música, que é retratada através de peças corais harmonizadas por vários compositores portugueses, nomeadamente, Fernando Lopes Graça, Mário Sampayo Ribeiro e Manuel Faria.